CRIANÇA NÃO TEM COR
É apenas uma criança simples, com olhar sincero e brilhante,
mas que infelizmente já sofreu e ainda sofre por ter cor diferente, ato
conhecido como "racismo". Sabemos que racismo é um assunto bastante
discutido em todos os lugares.
Li uma reportagem em um noticiário sobre uma mãe que jogou
uma criança dentro de um lixão. A criança foi resgatada por uma equipe de garis
e foi levada para o centro de adoção, onde foi bem cuidada e recebeu o nome de
Davi. O menino Davi está pronto para ganhar um novo lar.
Uma mulher chega até o centro de adoção para fazer o
cadastro, mas logo diz que só aceita a criança se for de cor clara. A
coordenadora do centro de adoção espantada com a atitude da mulher decide
apresentar o menino Davi. A mulher, insatisfeita, olha para a criança com cara
de que não havia gostado nenhum pingo do garoto, diz: "Eu jamais adotaria
uma criança de cor diferente da minha, pois venho de uma família de cor
clara...”.
Com atitudes como desta mulher, as crianças negras continuam
sendo esquecidas nos orfanatos com cada vez menos chance de ganhar um lar
adotivo. Chegamos a um ponto em que as pessoas estão cada vez mais frias uma
com a outra, o amor ao próximo se esfriou.
O discurso que se tem é que criança não pode ser tratada e
nem se sentir diferente. É como diz a coordenadora do centro de adoção “Criança
é criança, não tem cor”.
Adriely Honorato dos Santos
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SOCIEDADE SONHADA
Maria Júlia Coutinho, garota do tempo do “Jornal Nacional”,
sofreu preconceito há alguns meses. Que hipocrisia! Ninguém é melhor que
ninguém. Todos devem ser respeitados, independente de cor, religião ou condição
social.
Se
eu estivesse na situação da jornalista, eu me sentiria triste, mas não por isso
ter acontecido comigo, pois eu me orgulharia muito de ser negra. Eu estaria
triste pelos jovens que cometeram esse crime, por não serem educados o
suficiente para saber tratar todos com igualdade.
As
pessoas que querem diminuir as outras diante das demais são infelizes e
têm dificuldades de conviver socialmente e também não conseguem aceitar as
diferenças. O Brasil é um país com um potencial incrível, porém o
preconceito e a discriminação impedem o crescimento do país. Preconceito,
racismo e discriminação estão incluídos em um pacote só! Deveríamos
mudar essa história. Merecemos e queremos um mundo melhor, onde todos possam
ser livres e fazer o que quiser.
A mudança depende da educação que os jovens de hoje em dia
recebem. Então, para o Brasil se tornar uma grande potência, precisa de
investimento nas ''ESCOLAS'', a fim que os jovens estudantes tenham
conteúdo de qualidade e aprendam que todas as pessoas têm o direito de ser o
que quiserem, independente de sua condição social, sua cor ou religião. Com o
Brasil melhor, construiremos uma sociedade dos nossos sonhos.
Alessandra Santos Andrade
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RACISMO NAS ESCOLAS
“Cabelo de movediça, cabelo de miojo, cabelo de macarrão”. Essas
são algumas formas de agressão, principalmente no ambiente escolar, àquele ou
àquela que não tem cabelo liso.
A escola deveria ser um lugar de aprendizado e estudo, onde os
alunos ficariam protegidos de ataques desumanos e racistas. Mas, isso não está
acontecendo em alguns lugares. As nossas escolas estão se transformando em um ringue de
racismo, onde os negros são o maior alvo desse ato
desagradável, desumano e infantil.
O que está acontecendo com o ser humano? A ciência diz que a cada
dia o ser humano evolui, mas, eu não vejo nenhuma evolução quando um estudante
que se acha melhor do que os outros ofende e agride um outro estudante negro,
com atitudes egoístas e racistas.
As pessoas tem que se conscientizar que ser negro, branco ou
pardo, não é ser diferente, mas igual à qualquer um, pois todos somos iguais
independente de cor, religião ou raça.
André Falcão da Penha.
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COTAS RACIAIS
A
lei número 12.711 sancionada em agosto de 2012 garante a reserva de 50% das
matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos
federais de educação, tecnologia e ciência do país. 50% das vagas são para
alunos de escolas públicas, os demais 50% das vagas permanecem para ampla
concorrência. De 50% das vagas destinadas aos alunos do ensino médio público,
metade das vagas, ou seja, 25% são destinadas aos estudantes de escolas
públicas, que possuem renda familiar menor ou igual a um salário mínimo per
capita, distribuindo metade dessas vagas para negros, pardos e indignas e a
outra metade para os demais concorrentes.
Diante
desta lei, é possível perceber que há uma desigualdade social e racial, pois o
sistema de cotas reserva 25% das vagas para negros, pardos, e indígenas,
beneficiando esse grupo de pessoas.
Isso
é uma injustiça, pois as pessoas brancas, que se dedicaram da mesma forma que
os negros, não têm essa vantagem em relação aos da etnia negra. Isso cria na sociedade
uma competição dentre as classes que são denominadas pelo sistema de cotas
“raciais e sociais”, em que o negro é mais beneficiado e tem mais chance de
conseguir uma cadeira na faculdade do que o branco que, mesmo se dedicando,
talvez não consiga por estar competindo com pessoas de alto nível.
O
sistema de cotas faz com que as pessoas pensem de forma diferente, na verdade,
de forma errada. Como se o negro não tivesse a capacidade e a inteligência,
como se tudo fosse difícil para as pessoas que são negras e tudo fosse fácil
para as pessoas que são brancas, mas não é assim. A educação vem colocando
diferenças entre as pessoas e isso faz gerar que um é melhor do que o outro.
Afinal, por que o sistema de cotas não existe para as pessoas brancas?
Não consigo entender!
A
verdade é que ninguém é melhor que ninguém, todos têm a capacidade de chegar a
um objetivo, tanto os brancos como os negros, basta querer, se esforçar e se
dedicar bastante sem precisar de cotas.
Assim
como João Vitor, um menino negro, pobre, filho de uma diarista, de escola
pública, acertou 95% das questões no ENEM e nada tirou o mérito do garoto. Seu
esforço pessoal e sua determinação fizeram com que ele chegasse a um objetivo,
a uma conquista.
A
educação brasileira tem que ser mais justa, colocando um fim nesse sistema de
cotas. Temos que saber que, na vida, não existe melhor e nem pior. Da mesma
forma que o menino negro conseguiu obter um ótimo resultado no ENEM, os outros
negros também podem conseguir sem ser pelo sistema de cotas, mas sim pela
dedicação e esforço.
A
educação brasileira precisa reconhecer que não importa cor nenhuma, se é branco
ou preto, todos têm a capacidade de chegar a um objetivo, basta querer e se
esforçar.
Arthur
Brandão
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PRIMEIRA DEPUTADA NEGRA NO BRASIL
Antonieta de Barros foi a primeira deputada
negra do Brasil. Quando criança andava pela pensão da mãe tentando aprender as
letras.
Quando
penso nesse fato, a primeira coisa que me vem à mente é por que os negros
daquela época não eram tratados da mesma forma que os brancos? São diferentes?
Só pela cor? Há destaque da primeira deputada branca?
Em
minha opinião, um fato como esse é bastante importante, pois nem todo mundo
conhece a historia de Antonieta ou menos sabem quem foi ela.
Se
eu estivesse em uma situação, não sei se aguentaria passar por tudo que ela
passou, pela situação de desrespeitos, racismos ou qualquer outra coisa.
Ao
saber desse fato, me senti incentivada e ao mesmo tempo confiante, pois
qualquer pessoa negra tem direito de ser alguém na vida. As pessoas fala que
Antonieta foi uma mulher forte por ter superado tudo e ter conseguido chegar
onde chegou.
Para
vencer, basta a pessoa ter força de vontade, não importa se é negra ou não...
Brena da Silva Fernandes
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INTOLERÂNCIA
Eu li uma reportagem que fala sobre o aluno que foi agredido
na escola por causa da sua cor. Isso mostra que ainda em nosso país há
aqueles que julgam pela cor da pele. Peço que olhem em volta e vejam
quanto desigualdade há na sociedade.
Hoje em dia o preconceito ganhou alguns nomes, talvez na
intenção de esconder a realidade. É chamado de bullying, também é chamado de
assédio moral, entre outros. Mas, no final, a imensa maioria das vítimas sofre
com essas formas de discriminação.
A mesma coisa acontecer nas escolas. Até os inconscientes
tratam com atitudes racistas certos alunos. Não estou afirmando que o racismo
na escola não seja o bullying, ele é! Entretanto, tanto o agressor
quanto a vítima não enxergam a importância de cada um.
Hoje posso afirmar que alguns insistem em dizer que o preconceito
está na cabeça das pessoas que cometem o bullying, não pensam no que eles
estão fazendo. Então, vamos enxergar o quanto somos todos iguais!
Bruna Vieira Marinho Souza
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RACISMO NÃO É COISA DE CRIANÇA
Dizem que tem criança negra sofrendo racismo todo dia na escola, e
isso a televisão não mostra. Tem criança que fica com trauma, trancada em casa,
não quer sair na rua com medo. Navegando pela interwebs outro dia, li sobre o
caso de uma menina de 12 anos chamada Lorena, que, como qualquer outra criança,
gostava de correr pelo parque e assistir a desenhos da Disney. Mas, desde que
voltara às aulas, havia mudado de comportamento, estava quieta e retraída. Sua
mãe percebeu e foi procurar saber, descobriu que Lorena estava sofrendo racismo
nas aulas e fora delas.
– Macaca! Cabelo duro! Testa de bate bife!
Assim ouvia todos os dias. Sua mãe procurou ajuda da escola, que
fez pouco caso e ainda fez Lorena pedir desculpas para os agressores. Que
escola é essa, meu Deus? O que será desses alunos diante de tantas agressões
psicológicas, tamanha inconsequência dessa nossa juventude que ainda nos dias
de hoje se comporta de maneira tão cruel.
Achei nesse mesmo site muitos comentários de pessoas encarando a
situação como apenas "coisa de criança". Racismo não é coisa de
criança! Lorena foi trocada de turma, porque não houve adaptação dos colegas.
Como assim? E na sociedade, onde ela fica?
O racismo é uma ideologia que afirma uma raça superior à
outra. Essa ideologia é tão difundida que as agressões ocorrem tanto na
presença de adultos como os mesmos a promovem. Assim, mesmo que as vítimas
procurem ajuda, na maioria das vezes não a obterão.
O preconceito só existe em pessoas de espírito pobre e de pouco
conhecimento. Precisa-se de mais respeito! Enquanto acharem que a cor da pele é
mais importante que o caráter haverá discriminação.
Carolina
da Silva de Souza
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PRECONCEITO
RACIAL
Uma
família é vítima de preconceito racial em uma concessionaria de carros, por seu
filho ser negro. Desde quando um ‘’mal-entendido’’ é explicação de expulsar e
tratar mal uma pessoa por ela ser negra? Porque por onde eu sei
‘’mal-entendido’’ não seria uma resposta boa para justificar seus atos raciais.
Todo
negro tem os mesmos direitos que os brancos, porque ninguém é diferente só
porque tem a cor mais clara ou mais escura. Ninguém sabe, mas essa criança
futuramente pode pensar em um mundo, onde as pessoas sempre vão ser superiores
a ele. E, por isso, boa parte da população negra, não tem seus estudos
completos, por acharem que são incapazes.
É
preciso que o negro não se veja como diferente e acredite na capacidade de
mudar essa realidade atrasada, sem fundamento. Só assim teremos na sociedade
com igualdade de direitos.
Débora
Silva Viguini
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PRECONCEITO
CONTRA O NEGRO NA SOCIEDADE
Vivemos
em um país onde acontecem muitos tipos de preconceitos, principalmente contra o
negro, que é considerado “inferior” aos “brancos” há muito tempo. Eram feitos
escravos, sofriam apanhando, sem alimentação, sendo desrespeitados, preferiam
morrer a ser tratados daquele jeito.
No
início da colonização do Brasil, os negros eram feito escravos, serviam os
senhores e senhoras da alta sociedade, sofriam apanhando, sem alimentação,
sendo desrespeitados. Preferiam morrer, se matando com objetos, a serem tratados
daquele jeito. Ainda hoje os negros sofrem as consequências dessa época.
Conheço
amigos que já sofreram racismo, mas não denunciaram com medo de serem chamados
de “chorões”, pois em escolas os que não aguentam são zoados. E, se denunciam,
recebem ameaças, coisa que prejudica também os estudos. Bullying, racismo e
preconceito atrapalham os estudos. Essas ações desumanas fazem a vítima se
esquecer do futuro dela, ficar focada naquilo e não prestar atenção na aula. Já
sofri bullying, sei como é, e não é nada bom!
Isso
é muita falta de respeito, principalmente que, por dentro, somos todos iguais,
temos os mesmos órgãos e temos os mesmos sentimentos. Se um apelido incomoda,
imagine um negro o que ele sente por ser agredido por negro.
Emannuel Ferrari Pimentel
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NOSSAS DIFERENÇAS
Criança é vítima de preconceito racial em uma concessionária de
carros. Ao saber desse fato, penso na desigualdade do povo brasileiro, pois
ninguém pode expulsar qualquer tipo de pessoa de uma loja ou de qualquer lugar
público.
Isso tudo é preconceito e ao mesmo tempo discriminação ao não
deixar essa criança na concessionária só porque tinha a pele mais escura.
Essa criança deve ter ficado muito constrangida.
Mas só entendo que não existe lugar inadequado pra negros, todos
têm o direito de entrar em qualquer lugar da mesma forma que o da cor mais
clara. O vendedor tem o dever de tratar todos da mesma forma, pois sou negra e
pertencemos à mesma espécie. Nossas diferenças são pessoais e sociais apenas.
Emanuelle Silva
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DIGA NÃO À DISCRIMINAÇÃO
Criança é vítima de preconceito racial na fila do cinema. Que
covardia! Algo desnecessário, sem lógica, imoral. Sendo negro, branco, amarelo,
azul, ou vermelho, não importa. Respeito é o que falta. Isso sim importa.
Ninguém se sente bem se acontecesse algo igual ou parecido com
pessoas da família ou consigo. Ninguém considera legal ser maltratado,
humilhado verbal ou fisicamente por ter o tom de pele mais escuro. Ninguém se
sente bem em ser humilhado em público, em ser falado ou criticado pela droga da
sociedade, pelos imorais, sem dignidade e sem amor ao próximo.
Por que não dizem mal do Barack Obama? Por ele ser rico e bem
sucedido? Ele também é negro!! Mas por que com um negro pobre? Os
racistas dizem tantas barbaridades para um ser que não tem culpa de ter a
cor que tem. Não escolhemos, nem nosso próprio nome, ainda mais a nossa cor. Se
fosse assim, todos escolheriam ser brancos, cabelos lisos, loiros, dos olhos
azuis ou verdes, pois, pra muitas pessoas, esse é o padrão de beleza ideal.
Sabe a única coisa que os negros querem: não é ser branco, ter
dinheiro ou algo de valor, só querem respeito, igualdade social. Não seria nada
mal os racistas receberem, no mínimo, uns dois ou três anos de serviço
comunitário e dar palestras dizendo que já praticou o tal ato, alegando que é
algo ruim, é crime. Quem pratica racismo é criminoso sim.
Êmilly Pereira Coimbra
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A DURA REALIDADE DO NEGRO NA EDUCAÇÃO
O grandioso Nelson Mandela disse: “Eu odeio o racismo,
pois o considero uma coisa selvagem, venha ele de um negro ou de um branco.”
Todos nós somos iguais e muitas pessoas não veem isso. Quem comete o ato do
racismo deveria refletir mais nessa atitude de selvageria.
O ambiente escolar é o meio mais comum do racismo, principalmente
com alunos negros, levando em conta que o preconceito está presente na
sociedade brasileira há muito tempo. Há muitos tipos de discriminação com os
negros, principalmente com as meninas, discriminando o cabelo, fazendo deboches
com o seu modo de vestir e muitos outros tipos de preconceitos. Se todos nós,
não somente as meninas, nos colocássemos no lugar da pessoa que recebe o
racismo, será que nos sentiríamos como?
As diferenças existem sim entre as pessoas. Será que as
pessoas que cometem o ato do racismo não veem que tudo o que estão fazendo é
perca de tempo? E que todos nós somos feitos de carne, osso e
sentimentos? Pois é, não é só na escola, mais sim na sociedade inteira que
acontece esse grande problema do racismo.
É preciso parar pra pensar antes de cometer esse tipo de ato
ridículo e ver se é realmente necessário fazer esse tipo de tratamento com as
pessoas! Afinal, perante a lei, somos todos iguais, com mesmos direitos e
deveres, apesar das características individuais que nos diferenciam.
Esther
Ahnert Falcão
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A INFÂNCIA DA MINHA MÃE
Que o Brasil é extremamente desigual, todos já sabem. Talvez a
desigualdade mais marcante se refira à condição do negro na nossa sociedade.
Como a minha mãe é neta e filha de negros, não teve a oportunidade de
completar os estudos, estudou até a segunda série do ensino fundamental. Como
morava na roça, não tinha boas condições, aprendeu apenas ler e escrever.
Hoje ela trabalha como doméstica, criou dois filhos sabendo
de poucas coisas que aprendeu na escola. Quando eu ou meu irmão não entendia o
dever de casa e ela também não sabia, os olhos dela enchiam de água, pois não
podia ajudar em nossas dúvidas.
Hoje ela se orgulha pela educação que me deu e se orgulha também
pelo meu esforço escolar. Sinto-me triste por ela não conseguir completar os
estudos por causa dos pais. Quando ela me disse sobre os estudos, eu
pensei bem que, se eu desistisse, teria que viver numa profissão indesejável e
não a orgulharia. Se acontecesse comigo, eu não iria ser feliz, iria passar
pelas mesmas dificuldades que ela.
Agora eu fico imaginando por que a exclusão do negro no processo
educativo? Ainda hoje o espaço escolar exclui o negro, que sofre
preconceito. Não entendo o preconceito ao negro! Eles são iguais a
qualquer um. São seres humanos também. Não tenho vergonha de ser neta de
negros. Mas tenho esperanças de que a educação desse país ainda possa ser de
igualdade, independente de cor, de classe social. Para mim tenho a solução: ser
forte e conseguir um dia o que minha mãe não conseguiu ser.
Francislane Carcabini Cosvosk
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OS NEGROS E OS PROBLEMAS
Os apelidos e brincadeiras pejorativas que retratam a estética do
negro é um fato polêmico em todo lugar na sociedade. E é impressionante como
esse problema só aumenta nos últimos tempos. Em toda parte encontram-se pessoas
deprimidas, por causa de charadinhas a respeito de sua cor negra. A ideia que
tenho é de dialogar com as vítimas dessa discriminação, tentando reconhecer
seus sentimentos.
Esse fato sobre os apelidos e brincadeiras que envolvem a
cor negra é um abuso, porque a cor da pele não justifica não gostar da pessoa,
pois toda criatura é produzida do mesmo jeito, possui braços e pernas e somos
feitos à imagem de Cristo, em outras palavras, afirmo que todos nós somos
iguais. Por outro lado, me colocando diante dessa situação de discriminação. Eu
não guardaria tristeza e nem ódio de quem me desacatasse, apenas procuraria
pessoas que pudessem me ajudar.
Sobre as vítimas dos apelidos e brincadeiras por sua cor negra, eu
me sinto triste por elas, porque imagino a dor de inferioridade delas diante de
pessoas brancas. Na voz da sociedade, elas sempre questionam que é falta de
educação, dizem que os praticantes da discriminação não recebem os devidos
apoios das famílias. Mas é verdade, a opinião do adolescente sempre é
favorecida com base nos ensinamentos das famílias. Não importa se é rico,
pobre, branco e negro.
A solução que proponho para esses problemas de discriminação é que
as escolas deveriam estimular mais o respeito à diversidade cultural e racial,
porque nem todo aluno tem uma família prestativa pra educação, e nem vou falar
dos governantes que não estão favorecendo em nada. Os apelidos e brincadeiras
com a estética do negro estão muito relacionados com a minha realidade, pois em
todos os lugares ocorrem grupos de pessoas com críticas à cor e também pessoas
contra essas críticas.
Gabriely Rodrigues de Carvalho
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DIGA NÃO ÀS COTAS RACIAIS
Quando penso em cotas raciais, a primeira ideia que me vem à
mente é de que todas as pessoas devem ser tratadas de forma semelhante, sem
privilégio para ninguém, por ser uma injustiça com as outras raças. Se as
pessoas são iguais perante a lei, por que uma raça tem direito e a outra não?
Quando eu estiver no ENEM ou concorrendo uma bolsa de alguma
faculdade privada, irei querer usar as cotas afirmando que sou negra. Se eu
estivesse concorrendo em alguma outra bolsa e acertasse 60% das questões,
contudo, perderia para uma pessoa negra que acertou 58%, pois é isso que a cota
faz. Revoltante e injusto.
As pessoas defendem as cotas raciais só pelo fato de que os
negros carregam desde a escravidão até hoje o preconceito. Porém, já parou para
pensar se um índio invadisse a sua casa para pedir compensação pelas terras que
o homem branco tomou dele?
Acredito que a solução para isso é todos estudarem para
alcançar a bolsa que a faculdade privada esteja propondo. Todos deveriam buscar
da mesma forma e o melhor, sem privilégios.
Hotillya
de Sousa Correia
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AS
CONSEQUÊNCIAS DE UM TEMPO
A lei Áurea, que aboliu oficialmente a escravidão no Brasil, foi
assinada em 13 de maio de 1888. Quando penso nesse fato, me lembro do racismo,
percebo que as pessoas não evoluíram o bastante para saber que a cor da pele
não define o caráter de ninguém, Mas ainda existem pessoas que têm uma
mente pobre na maneira de agir, julga que uma pessoa negra não tenha caráter.
As pessoas que cometem esse tipo de crime deveriam se condenadas à
prisão, mostrando à nova geração que somos todos iguais, independente da cor da
pele, origem ou mesmo forma de estar na vida. Vivemos em uma sociedade
preconceituosa, cada um querendo ser melhor que o outro.
Saber que o negro ainda é maltratado, injustiçado e discriminado
me deixa triste. Esse fenômeno de descaso chama-se racismo. Nada mudou! A
violência existe na sociedade por causa do racismo.
A solução pra esse tipo de problema é a luta contra o racismo, a
perseguição aos negros, a desigualdade social, através dos meios de
comunicação, de filmes, de música, debates, reuniões escolares. Na
realidade existe ainda muita descriminalização racial, causando conflito e
polêmicas na sociedade.
Jefferson Antonio Pimenta Matos
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RACISMO
Deparei-me, um certo dia, com a triste notícia de um garoto de
apenas oito anos de idade que foi expulso da calçada, na frente da loja
"Animale", na cidade de São Paulo, sendo vítima de racismo.
Quando penso no racismo, a vontade que tenho é de ensinar para a
nova geração que somos todos iguais, independente da cor da pele. Da parte
de quem agride, vejo a ignorância, e da parte de quem sofre a agressão racista,
vejo a injustiça.
A sociedade precisa viver sem esse preconceito. Várias pessoas são
maltratadas em vários grupos sociais, principalmente em lugares públicos, por
esse motivo tão banal. É uma tristeza se sentir excluído da sociedade por conta
da cor.
As pessoas que sofrem esse preconceito ganham um grande apoio onde
tentam mostrar os seus direitos, não para ter um ganho financeiro, mas para
conquistar o respeito e a igualdade social.
A solução para que essa realidade acabe começa na educação
familiar, mostrando que a cor não vale mais que o caráter, pois a sociedade em
peso está vivenciando essa realidade por falta de ética. Queremos um mundo
melhor, queremos igualdade!
Jéssika Gomes
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INTELIGÊNCIA
NEGRA
Um
dia fui estudar e aconteceu algo muito deprimente em relação a nota da prova:
um aluno foi acusado de colar na prova só por ser negro e ter tirado a melhor
nota da sala. Logo vem à minha mente: será que um negro não pode ser
inteligente, é algo anormal um ser humano de cor preta ser inteligente, é algo
irrelevante? Um absurdo! O que inteligência tem a ver com cor de pele?
Se
fosse eu não saberia como reagir. Uma boa parte de mim iria optar em partir pra
cima da pessoa e “matar de tanto bater”, a outra parte iria pensar. Vou mostrar
que a minha raça não define inteligência, educação nem muito menos caráter. Eu
me senti triste e angustiado, raça não é algo anormal. Todos têm sua
descendência.
Uma
pesquisa mostra que 65% dos presidiários são pretos, mais os outros 35%,
provavelmente, são brancos. Mas o que isso tem a ver com “o ocorrido”? Nada. O
problema é que somos “ignorantes” nesse assunto. A nossa arrogância não nos
deixa ver por cima do nosso próprio “eu”.
Deveríamos
“criar” amor no coração e olhar para o próximo como fosse nós mesmos.
Poderíamos pensar: hoje é ele, amanhã pode ser eu, meu filho ou
filha, meu irmão ou irmã, meu primo ou prima, meu sobrinho ou
sobrinha. Na verdade mesmo, pode ser qualquer um ser humano que tenha a cor
preta.
João Vitor Gama Vieira
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IGUALDADE SOCIAL
Crianças não podem ser adotadas por sua cor negra, por isso
um orfanato rejeitou crianças por serem negras.
Isso não se chama nem falta de respeito e sim desumanidade.
Isso não está certo, pois além de todos termos direitos iguais perante a lei,
não é a etnia que define uma pessoa.
Esse fato me surpreendeu por saber que existem crianças
sofrendo por ter nascido negras. Todos nós temos que tomar atitudes para
que essas crianças sejam adotadas, não maltratadas.
Os negros ainda sofrem muito no Brasil, são tratados com enorme
descaso. Não importa se a pessoa é negra ou branca, alta ou baixa, pobre ou
rica. O que realmente importa é que todos somos seres humanos e todos devemos
ser tratados de forma justa e correta.
José
Eduardo Marinato
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A
COR DA ALMA
Desde
a colonização, os negros sempre foram alvo de preconceito pelo fato de
descenderem de escravos que, por conseguinte tornaram-se pobres ou de uma
classe inferior às demais, embora isso não deveria ser um fato de muita
importância, pois o passado só serve de inspiração para não repetirmos os
mesmos erros.
As
pessoas tanto se preocupam com as aparências que se esquecem de que alma não
tem cor nem usa short. Então, aceitar a diferença é a escolha de cada um,
respeitá-la é um dever de todos.
Declaro-me
parda, mas se eu fosse negra pixaim mesmo, não estaria nem ligando para essas
críticas ofensivas que não me levariam a nada. Teria orgulho, não iria me
envergonhar da minha cor.
A
falta de maturidade e respeito das pessoas nos leva a ser um povo criticamente
sem afeto e moralidade. Além do mais, vivemos em uma sociedade multicultural,
na qual convivemos em inúmeras etnias. Então, por favor, mais união e menos
raças, mais respeito e menos criticas, por dias com mais amor e menos racismo.
Julia da Rocha Wagner
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PRETO
NO BRANCO
No
artigo “O Negro e a Educação Brasileira: dimensão histórica”, o autor reproduz
a citação de uma tal Luíza da Cunha: "Os negros, para viver,
precisam, às vezes, tornar-se invisíveis.” A partir dessa citação, eu pensei
sobre como é difícil ser negro e como o preconceituoso e racista, muitas vezes,
é aceito ou é tratado com um "deixa pra lá, ele não sabe o que está
falando." Ele sabe sim!
Eu sei que está cada vez mais difícil conviver com o ser humano, sei também que
o mundo está cada vez mais racista e sem oportunidades. O nosso cérebro está
cada vez mais ligado a nós mesmos, que estamos nos esquecendo de amar o
próximo, o amor está ficando extinto, não se pode deixar isso acontecer.
A falta de inclusão social para os negros está causando grandes prejuízos.
Faltam políticas públicas destinadas à maior presença do negro no mercado de
trabalho. Grandes problemas estão surgindo pelo fato do mundo ser racista, da
nossa sociedade ser racista. O meu desejo é priorizar esse assunto para que
todos saibam que a cor da pele não revela caráter, que a cor da pele não mostra
o lado interior da pessoa.
Além do problema em relação às cotas raciais, os negros são alvos recorrentes
de racismo, seja ele de forma velada ou explícita, e infelizmente a rede social
é um veículo para atos racistas. Existem notícias e comentários verídicos sobre
pessoas famosas recebendo mensagens indesejadas, jogadores de futebol sendo
chamados de "macaco." Isso é sem cabimento.
Lamentável o que temos que ver, é lamentável ter que aguentar esse preconceito,
um ato imperdoável onde as pessoas implicam uma hierarquização que não existe.
As pessoas pensam em alguma divisão de raças e cores humanas por dizerem que
uma é superior à outra. Grandes empresas oferecendo várias oportunidades, mas
os negros nem sempre recebem essas oportunidades. Será que essas empresas estão
sendo racistas? Será? Alguma dúvida? Eu não tenho se quer alguma.
Devemos
sempre reforçar o assunto sobre o racismo, e nos conscientizarmos sobre isso,
pois é bastante importante para a nossa jornada diária.
Kamila
Rocha Silva.
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CADÊ
O RESPEITO?
Manicure negra se orgulha de ser racista: "Não faço unha de
preto."
Racismo com a própria cor? Fala sério, né? Cadê o respeito? O
respeito sumiu, não só o respeito dos outros, mais também o ato de se
respeitar. As pessoas deveriam se respeitar mais e também se aceitar mais.
Aceitar sua cor, seu cabelo, seu jeito, se respeitar por completo. Fico
indignada ao saber que o próprio negro tem racismo da sua própria cor.
Essa manicure, com certeza, não sabe o que é felicidade, pois
tenho certeza de que ela não é feliz, só de saber que ela é racista já dá pra
ver que ela tem problemas na vida. Não a conheço, mas, se eu a conhecesse, eu
conversaria com ela para ver se ela muda um pouco e deixe de ser racista. Não é
muito legal o que ela está fazendo, pois até processada ela pode ser, pelo
racismo, pelo preconceito!
Hoje em dia ainda há muito racismo, mas é realmente indignante
saber que existem pessoas racistas da própria cor, mas isso pode mudar, se cada
um agir de forma diferente, for mais compreensivo, com a mente mais aberta.
Isso seria bom para o mundo.
Kamilly Silva dos Santos
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UM RACISMO COMBATE O OUTRO?
Racismo é tratar diferente um cidadão por sua raça. As cotas não são um tipo de racismo? O racismo está arraigado na cultura racial em todos os níveis, talvez pelo fato de que a porção pobre seja negra.
Recentemente cerca de 600 alunos da UNICAMP invadiram o prédio de reitoria. Eles protestaram contra o anúncio de corte de verbas e por um programa de cotas étnico-social. O corte fortaleceu também o racismo estrutural da Universidade, mantendo a restrição do acesso da juventude negra à Universidade.
Como se pode ver, esse assunto é muito polêmico, as controvérsias são diversas. Uns falam que é injusto, porque um cidadão não deveria ser julgado em receber vantagens apenas pela cor da pele; outros acham justo, pois o negro foi trazido para o Brasil pela escravidão. Ironia haver racismo em um país onde 60% da população é negra ou "parda".
Esse assunto está relacionado ao dia a dia de todos os brasileiros. Por exemplo, as cotas raciais e sociais, que facilitam o acesso de estudantes pobres e negros nas universidades federais. Julgam-se justas as cotas sociais, porém injustas as raciais. Não é justo estudantes da rede pública competirem com os da rede particular, que têm melhores condições de aprendizagem. No entanto, não é justo uma pessoa com a mesma igualdade social, as mesmas oportunidades, receber vantagens só pela cor da pele.
Logo, a forma de o negro ser tratado no Brasil deveria ser repensada para saber o que realmente é justo. Todos somos capazes de conquistar o nosso espaço. Depende do interesse, do esforço individual.
Ketholly Kelly de Souza
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NEGROS
NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Os
negros fazem parte de 57% da população brasileira, e de vez em quando ainda
vemos casos de racismo. Seja em qualquer lugar, o racismo quase sempre está lá.
Há
algum tempo, passou no jornal local fala de um professor da UFES que disse em
uma de suas aulas que, "se tivesse que escolher entre médico branco ou
negro, escolheria o branco". Ele declarou isso durante uma discussão sobre
cotas.
Se
um negro entra na faculdade por cota e realmente se esforça, visando a uma
carreira promissora, ele será tão bom quanto um branco. È impressionante o quão
os negros ainda são injustiçados pela sociedade opressora.
É
repugnante pensar que a cor vai influenciar suas habilidades, seu conhecimento
e interesse pela educação. Realmente, um professor falando isso, além de ser
racista, é antiético. Nos dias de hoje, é inadmissível ter qualquer tipo de
preconceito, ainda mais em uma instituição de ensino, sendo praticada por um
docente.
Se
isso acontecesse comigo, argumentaria com o professor e informaria à direção da
faculdade sobre o ocorrido. Ao saber que ainda há algumas pessoas com
pensamentos racistas, me sinto mal, mais mal pelos que sofrem discriminação por
essas mesmas pessoas.
Na
época em que a notícia estava nos jornais, dividiu opiniões sobre cotas, alguns
contra e outros a favor, tirando os que deram opiniões hipócritas,
preconceituosas, apoiando o professor sobre tal declaração.
A
solução para acabar de vez com essa realidade é abrir a mente das pessoas,
porém é muito difícil mudar uma opinião formada. Nossa única esperança serão as
novas gerações, que desde agora aprendem na escola que racismo é algo ruim.
Existem
pessoas que pensam exatamente como esse professor. Às vezes somos racistas e
nem percebemos, seja da boca pra fora ou até mesmo em pensamento, faz parte da
nossa realidade, infelizmente.
Kíssyla Araujo
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NEGRO CRIANÇA
Em uma
campanha contra o preconceito, um repórter do programa Criança Esperança,
exibido pela Rede Globo de televisão, usa uma atriz negra para fazer uma
experiência psicológica com as crianças. Convidam crianças de várias culturas e
as colocam de frente para uma atriz negra que apresenta frases da internet como
"eu não gosto de gente da sua cor".
Quando as
crianças se dão conta, não querem pronunciar as frases, pois se sentem mal,
preconceituosas e algumas lembram que foram vítimas de agressões piores e
começam a dar sua opinião sobre as frases. Esse vídeo só nos mostra a realidade
de alguns que sofrem calados, pois não sabem expressar o que estão pensando.
No lugar
das crianças, talvez me acuaria também, pois na sociedade em que vivemos, a
mídia finge em dar apoio, mas na verdade é hipócrita, pois é racista e
preconceituosa.
Nossa
solução está quando pararem de se importar de se acusar de onde vem, de quem
vem o preconceito, e ser mais importante o porquê do preconceito e mostrar que,
por fora, podemos ter traços ou cores diferentes, mas por dentro somos
assustadoramente iguais.
Luana de Barros Araujo
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MINHA COR
Uns insistem em me chamar de parda, morena,
moreninha... Parda é a onça, morena e moreninha pra mim são inexistentes. Me
chame de negra, me chame de preta, me chame de cor de café... Mas não me chame
de moreninha, isso eu não sou.
Sou
negra! Digo isso sem dúvidas. Fala-se “sou morena” com tanto orgulho que se
esquece de aceitar a própria cor, depois faz campanhas nas redes sociais
dizendo ser “contra o racismo”, como isso? O negro não assume a própria cor?
As
pessoas pensam que vou me sentir ofendida por ser chamada de negra? Por acaso
ser negro é ruim? Sabe aquelas expressões “moreno escuro”, “moreno claro”,
“moreno jambo” ou “cor escuro”? EU DETESTO!
Minha
raça é negra, e minha cor é preta! Sem dubiedade, sem subterfúgios. A cor preta
tem valor, e isto pode ser duvidoso a toda e qualquer raça, exceto a própria
raça negra. Preto que não aceita a própria cor, continua sendo negro, mas um
negro sem valor.
Enchem-se
a boca pra dizer “somos morenos”, mas acabam esvaziando o coração, escondendo
sua verdadeira cor.
Maira
Evelin Oliveira Batista
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"EU SENTI NA PELE"
Eu li uma reportagem de uma garotinha que sofria
racismo todos os dias na escola. O pior é que muitas vezes esses casos não têm
bons finais, como esse que li.
Algumas pessoas são fortes e resistentes e não
ligam para o que lhes acontecem de ruim, mas também há aquelas que se entregam
a críticas, sofrimento, descriminação, etc...
Eu nunca tinha parado para pensar nesse assunto.
Sei lá! Agora que eu li essa reportagem, me fez refletir sobre tudo oque está
ao meu redor, e no meu meio escolar. Talvez até tenha alguém que esteja
passando por isso e aguentam tudo calado, por medo de só serem mais humilhados.
Essa garotinha da reportagem que li, de apenas 9 anos se recusou a ir à escola por semanas. Ela já não aguentava mais se xingada de "PRETA, MACACA, SUJA, IMUNDA" e o que mais me chama atenção é que são por colegas de classe, até mais novos que ela.
Essa garotinha da reportagem que li, de apenas 9 anos se recusou a ir à escola por semanas. Ela já não aguentava mais se xingada de "PRETA, MACACA, SUJA, IMUNDA" e o que mais me chama atenção é que são por colegas de classe, até mais novos que ela.
É triste saber que desde novas muitas crianças já
vêm trazendo de casa esse tipo de comportamento e pensamento, e crescem, viram
adultos hipócritas e preconceituosos, sem saber eles que realmente ninguém é
igual a ninguém, existe cor de pele diferente, cabelo liso, cacheado, crespo...
mas que isso não torna ninguém melhor ou pior e que todos nós temos a obrigação
de respeitar as diferenças do próximo.
Se pararmos para ver, vamos perceber que o nosso
país é um país muito diversificado, tem gente de todo tipo, descendente de
índio, africano, italiano, português, etc...
E muitos pensam e dizem que o povo brasileiro é um
povo acolhedor. E se formos perguntar, ninguém se considera racista. Mas, se
sair na rua 00:00h, sozinha e vir um negro, a primeira coisa que vem a sua
mente é," VOU SER ASSALTADA, VOU MORRER, ELE DEVE SER UM ESTUPRADOR".
Então, antes de abrirmos a boca pra falar que não
somos racistas, devemos repensar o que cada um está fazendo e que pode ter uma
pessoa a seu lado sendo vítima de racismo sem ser percebido.
Já passou da hora de cada um se olhar no espelho e
vê que todos nós temos defeitos piores que a cor da pele e que ser negro não é
defeito, negro é ser humano, igual a qualquer branco
Se cada um se respeitar e parar de querer humilhar,
xingar o próximo por causa da cor da pele e amar mais uns aos outros, com
certeza teremos um mundo bem melhor.
Maria Eduarda de Souza Rodrigues
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RESPEITO, CAUSA DA FELICIDADE
Todos
sabemos que no mundo há grandes diferenças entre pessoas e que, por
estupidez e ignorância, cria-se o preconceito. Mas a dúvida é: por que tanta
crueldade? Por que imensa estupidez? Não irei negar, a maioria das vezes acho
mais provável o bandido ser negro, mas é estupidez da minha parte.
Podemos
acrescentar também o fato racista ocorrido em nossa realidade, a moça do tempo,
Maria Julia (Maju) foi agredida verbalmente em uma rede social. No nosso país
tem muito mais negatividades do que energias positivas. Tem muito mais pessoas
que praticam e agem de forma errada e fazem o uso do mal, do que aqueles que
procuram profanar o bem e ajudar o próximo.
A Maju é
uma excelente profissional, uma moça encantadora. Tem uma simpatia, um sorriso
incrível. Penso, por outro lado, que isso tudo deve ser inveja. Afinal, quem
não gostaria de apresentar a programação meteorológica e climática no JN?
(Principal Telejornal do Brasil).
Em pleno
séculos XXI, o racismo ainda está sendo praticado, fazendo parte de nosso
cotidiano, mas, acima de tudo, devemos deixar bem claro que é um tremendo
problema e que temos condições de resolvê-lo. O que o branco faz, o negro
também pode fazer, por exemplo: assumir cargos importantes. Somos todos seres
humanos, independente da cor da pele, não devemos abrir exceções como estão
abrindo atualmente.
Nunca fui
atendida por um médico negro, não pela cor, mas sim pela pouca importância que
nossa atual sociedade dá para os estudos, pois sim, um negro tem capacidade
de chegar à um cargo como esse, basta não desistir!
Entretanto,
cada pessoa deve fazer a sua parte, acabando com qualquer tipo de discriminação
que existe, com qualquer tipo de preconceito que sente, percebendo que todos
nós somos iguais, independente de raça, idade, condição social ou opção sexual.
Esse é o primeiro passo para que cada um respeite os direitos dos outros.
Maria Eduarda Dias
Ferreira
O JULGAMENTO
Estávamos tendo uma conversa em família, quando resolvemos
falar sobre preconceito racial. Meu pai se lembrou de um fato acontecido com
ele e minha tia. Começou assim: os dois estavam no banco quando chegou uma moça
desconhecida e cochichou no ouvido da minha tia: "Moça, cuidado! Esse
homem está querendo te assaltar". Minha tia logo respondeu: "Não, ele
é meu irmão".
Quando ouvi esse fato, me comovi com a fala da moça e percebi
que "racismo", preconceito com a cor da pele, geralmente do negro, é
um assunto quase não abordado e nunca falado.
Senti-me constrangida. Sempre julguei que minha cor não
define o que eu sou. Sou negra, mas não vou assaltar ninguém, sou negra, mas
não vou fazer mal algum a ninguém, pois tenho caráter. Considerei falta de
respeito e desigualdade humana a ação feita por essa moça. É preciso
conscientização nas escolas para que as crianças cresçam nesse ensinamento,
pois nenhum ser humano nasce racista.
Maria Luiza Rodrigues
VÍTIMA DE PRECONCEITO
Em um
certo dia, olhando o site do G1, vi uma notícia muito importante, que falava de
uma criança que foi vítima de preconceito pelo fato de ser negra, sendo
confundida como vendedor ambulante. É um fato discriminatório de preconceito
racial, sendo assim o garoto se sentiu humilhado.
Eu
me senti revoltada de saber que em pleno século XXI ainda presenciamos essas
cenas de preconceito racial. Os pais do garoto, que era adotivo, ficaram
chocados com a ignorância do gerente, por achar que é um casal de cor branca
não poderia ter um filho negro.
As
pessoas deveriam buscar mais informações, deveriam promover campanhas
educativas e se conscientizarem "Que somos todos iguais". Eu
presencio várias formas de preconceito nos ambientes em que eu convivo.
Natalia Costa Foresti
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O PRECONCEITO CONTRA O NEGRO
O
preconceito é praticado no mundo há muitos anos. Os negros sofrem com esse ato
devido à cor. As pessoas quem sofrem preconceito não pedem ajuda a algum amigo
ou a polícia.
Uma
blogueira superfamosa já sofreu preconceito. Tudo começou por causa de uma
foto. Ela, como era uma pessoa muito batalhadora, conseguiu sair com a ajuda
dos amigos e dos pais. Depois de três anos, ela percebeu que tudo aquilo mudou
sua vida, tornando-se uma pessoa muito famosa.
As
pessoas cometem o preconceito, na maioria das vezes, por maldade, pois
atualmente o mesmo não deveria existir, porque destrói a vida de quem sofre
essa maldade. Porém, o ser humano pode fazer várias coisas, como, dar conselho,
ajudar a pessoa e talvez denunciar.
Pessoas
negras famosas usam a rede social para se manifestar sobre esse ato que
acontece diariamente. As pessoas estão usando essa forma de desprezo para
acabar com a felicidade do outro. Porém, esse ser humano que está discriminando
deveria ser preso.
Os negros
já conquistaram o seu espaço. A escravidão acabou. É hora de mudança. Imagino
como é ruim ser discriminado e ser também diminuído pela cor da pele.
Paulo Ricardo Cominoti da Conceição
INDIGNAÇÃO
Um rapaz de apenas 18 anos de idade identificado como Leandro
Rodrigues foi vítima de maus tratos em um restaurante. O rapaz afirma que
estava mal vestido e que parou apenas para almoçar, quando um funcionário do
restaurante o tratou com descaso.
Antes do acontecimento, o rapaz já havia se sentido vítima de
preconceito, pois o mesmo funcionário estava deixando que outras pessoas
entrassem na frente dele na fila de pesagem. O rapaz afirma que ficou tão
constrangido com a atitude do funcionário que até desistiu de almoçar no
restaurante.
Leandro pensa em entrar na justiça: "Pensei em processar o
restaurante, mas fiquei tão chateado com o acontecimento que preferi não levar
adiante".
Com atitudes como essas, as pessoas negras estão cada vez mais
sendo tratadas com descaso e sofrendo uma grande indiferença na sociedade. As
pessoas estão cada vez mais sem amor ao próximo, só pensam em si mesmas.
Temos que tratar todos iguais, deixando orgulho, arrogância de
lado. Todos somos iguais, independente da cor!
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PARECE BRINCADEIRA
Tudo
parece brincadeira, mas não é. Algo que mexeu comigo: uma funcionária sofre
discriminação racial de cliente na fila do cinema. Uma atitude desnecessária e
desumana. Ela só estava trabalhando para ganhar o salário dela e tem que sofrer
esses tipos de preconceito por ter o tom de pele mais escura, ser comparada a
um animal e escutar a pessoa dizendo que ela tem que voltar para África!?
Isso
é algo muito triste, pois a pessoa que está sendo discriminada nunca irá
esquecer. Além de ser falta de respeito e de caráter, é bem provável que o
racista apareça com um bom advogado a tiracolo dizendo que foi maltratado
primeiro pela funcionária, alegando que só estava se defendendo.
Ninguém é
obrigado a aturar nenhum tipo de discriminação e preconceito. A cor da pele não
define quem a pessoa é, mas sim as atitudes. Se me encontrasse em uma situação
igual ou parecida, explicaria as leis que definem os crimes resultantes
de preconceito racial. Isso significa
que discriminação é crime.
Os
racistas que discriminam deveriam prestar serviços comunitários, dar palestras
sobre racismo, trabalhar com a pessoa agredida pelo preconceito, pedir
desculpas à vitima, coisa que os racistas não gostam de fazer e, se fizerem, vão
se sentir envergonhados.
Pricila Vitória Leal Vieira
POR UM PAÍS MELHOR!!!
Há alguns tempos, vimos um fato que chocou, não só o
estado de São Paulo, mas todos aqueles que ouviram falar sobre a notícia. Uma
criança foi expulsa da calçada de uma grife famosa de São Paulo por ser negra.
Foi tratada talvez como "animal", como se negro fosse uma raça
inferior às outras. E o que mais irrita na história é o fato do negro julgado
pela cor da pele ter sido uma criança. Mesmo sabendo que no país em que vivemos
crianças da mesma idade que ele já roubam, matam, traficam, e tudo mais um
pouco, mas essa atitude não se deve tomar com ninguém.
Vemos hoje em dia negros que fazem sucesso, negros
que criaram histórias, que são lendas, que venceram os preconceitos e venceram
na vida. Vemos negros bem-sucedidos por todas as partes, vemos negros na TV,
escrevendo em jornais, revistas, vemos negros na música, negros nos esportes
principalmente. Vemos que o melhor jogador de futebol é um NEGRO, o corredor
mais rápido da historia é NEGRO. Podemos citar grandes músicos negros
como: Gilberto Gil, Jorge Benjor, Milton Nascimento, Luís
Melodia, Tim Maia, Djavan, Racionais MC's, entre outros. Podemos
ver que a cor de pele realmente é detalhe, quem escolhe seu caminho é cada um
de nós. Cor de pele não influencia em nenhuma decisão para o nosso futuro.
Caráter define nas atitudes do dia-a-dia e não a cor da pele,
Fico me imaginando se a mulher que expulsou a
criança fosse negra, qual atitude ela tomaria. Será que ela teria a mesma
atitude? E se fosse o filho dela? Inaceitável pessoas como essas ter uma
atitude dessa, em um país que ocupa o segundo lugar com o maior número de
negros na população. Pessoas de pensamentos baixos, pequenos, pessoas cegas
como essa que realmente são a parte inferior do nosso país e não pessoas
negras. Os verdadeiros marginais da nossa sociedade são essas pessoas. Essas
sim merecem ser tratadas com indiferença, deveriam ser olhadas de maneira
estranha em qualquer lugar que frequentarem e não os negros. Esse papo de negro
ser inferior das demais pessoas é ultrapassado.
A criança não escolheu ser negra, mas veio ao mundo
do mesmo jeito da mulher que o discriminou, e vai voltar do mesmo jeito que as
pessoas brancas que se consideram melhor. Cor de pele é só detalhe. Conheço
muitos brancos ruins nessa vida e assim também conheço muitos negros bons de
coração. Só vamos começar a crescer e começar a dar um passo para trás do
preconceito quando cada um começar fazer a sua parte, porque fácil é as pessoas
irem para as redes sociais lançarem tags contra o preconceito e nas ruas não se
sentam no banco do ônibus, porque tem um negro ao lado. Mais ainda olho para o
nosso país e ainda consigo ver a REVOLUÇÃO que precisamos e que se parece bem
distante!!! Vamos conseguir.
Rafael Coimbra Morais
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RACISMO EM CAMPO
Impressionante como muitas pessoas fazem isso,
em vários lugares. E não é de hoje. Em 2014, o goleiro do Santos, Mário Lúcio Duarte
Costa, o famoso "Aranha", foi vítima de insultos em um jogo contra o
Grêmio. Torcedores de uma torcida organizada gritavam para o goleiro chamando-o
de “macaco”, entre outros nomes...
Isso
não é nenhuma novidade no Brasil, principalmente em estádios de futebol e
escolas. Acho que não é muito agradável, nem certo. A vítima sofre muito com
esses atos que infelizmente acontecem a qualquer momento.
Quando
vi pela TV fiquei muito triste. É inaceitável que pessoas como a torcedora do
Grêmio, que foi flagrada pelas câmeras, fiquem impunes. Mesmo com tantas
propagandas e casos nos jornais, essas pessoas não vão presas, se vão, é por
pouco tempo. Penso que achar uma solução pra que isso acabe é bastante difícil,
mas se os pais começassem desde cedo ensinando seus filhos, poderia diminuir o
índice de racismo em nosso país.
Muitas
pessoas também não gostam desse tipo de crime, pois atinge o emocional da
vítima. Após o ato de Patrícia Moreira, torcedora que ofendeu o goleiro Aranha,
muitas pessoas ficaram indignadas, como eu. Fizeram várias ameaças, como até em
por fogo na casa dela.
Muitas
vezes não sabemos o que fazer diante disso, mas, se fosse comigo, procuraria a
polícia, para que a justiça fosse feita, e pessoas como essas possam pagar e se
arrepender pelo que fizeram.
Ramon Lozer Silva
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A PRIMEIRA ENGENHEIRA NEGRA DO BRASIL
O
compositor, poeta, cantor e pensador Renato Russo fez um pensamento muito
parecido com a história da vida de Enedina, a
primeira engenheira negra do Brasil: ‘’Nunca deixe que lhe digam que não
vale a pena acreditar no sonho que se tem ou que seus planos nunca vão dar
certo ou que você nunca vai ser alguém na vida’’.
Enedina
não tinha a vida fácil. Ajudava a mãe, trabalhando como babá e doméstica para
sustentar seus 10 irmãos e seu pai, por isso terminou seus curso básico com 19
anos. Tinha o sonho de ser engenheira, mas vizinhos e amigos o colocavam para
baixo criticando-a.
Entrou
em uma faculdade onde a maioria era homens. Retornando para Curitiba, voltou a
trabalhar como doméstica. Ao se formar se registrou no conselho regional de
engenharia e arquitetura do Paraná.
Se
eu tivesse na situação dela, não seria capaz de ter a força de vontade que ela
teve. Mesmo as pessoas colocando-a pra baixo, dizendo que ela não ia conseguir
por ser filha de lavadeira e de ter nascido numa família humilde, ela não
desistiu. A solução para isso é não dar ouvido para o que os outros pensam.
Skarlatt Ramos dos Santos
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PRECONCEITO NO SÉCULO XXI
Li uma
reportagem que fala sobre a dura realidade do aluno negro na educação escolar
brasileira, sobre as dificuldades que os alunos negros enfrentam no cotidiano
escolar, estabelecidas pelo famoso e horrível preconceito, que não é nada bom
para quem é vítima. Talvez, para quem pratica o ato, pode até sofrer um
pouco... ou não, né?
Infelizmente
quem faz esse tipo de ato já sofreu ou sofre esse tipo de preconceito ou até
pior. Lendo esse fato, me senti triste, por ter esse tipo de preconceito em
pleno século XXI, onde existem tantos meios de informação.
As
pessoas têm que se conscientizar e parar com esse tipo de preconceito, têm que
se colocar no lugar do outro pelo menos um pouco, pra sentir na pele o que os
atingidos sofrem.
O certo é
respeitar um ao outro, porque ninguém é melhor que o outro, somos todos iguais
perante a lei, independentemente da cor, jeito e estilo. Enfim, somos todos
iguais.
Weksheyvella
Pinto Conceição
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UM NEGRO EM MEU COTIDIANO
Há algum
tempo ocorreu comigo, não exatamente comigo, porém presenciei um fato marcante,
era uma manhã como qualquer outra, estava na escola brincando, divertindo-me.
Passados alguns minutos de recreio e brincadeira, começa uma forte chuva,
digamos assim um "toró". Paramos a brincadeira e corremos pra debaixo
de uma cobertura, ficamos ali até a chuva passar. Para nosso azar, a chuva
durou o resto do recreio. Voltamos para sala. A aula era de Inglês. O professor
passou uma brincadeira ao contrário do que era sempre o objetivo da aula,
aprender verbos, enfim, aquela mesma chatice de sempre. O professor deu os
comandos para a brincadeira. Brincamos normalmente e a aula que estava
tão divertida chegou ao fim. Naquele dia, o professor de Educação física havia
faltado, tivemos aula vaga e fomos embora.
No Dia
Seguinte, seria a mesma rotina, mas não foi bem assim.
Ocorreu
naquele dia algo doloroso e triste. Mas, ok! Chega de tantos detalhes e vamos
ao fato. No dia anterior, jogamos futebol no recreio, no dia seguinte, trocamos
o esporte e jogamos voleibol. Começou a chuva e não queríamos parar. A chuva já
nos encharcava e, depois de tanta teimar em não cessar a brincadeira, decidimos
parar, para não ficamos resfriados. Concentramo-nos no mesmo local do dia
anterior, ficamos nos olhando e um dos meus colegas, um negro, que era, de
todos os meus colegas, o mais próximo de mim, sofreu racismo. Ele, como todos
nós, estava molhado e, de tão negro, brilhava por causa da água que escorria
por seu corpo. Um "engraçadinho" disse com tom de preconceito:
- E aí,
Neguinho? Você tá parecendo asfalto de tão brilhoso... Se eu tivesse um carro,
te colocaria dentro do tanque dele, porque eu iria te confundir com
petróleo.
Após
dizer essas palavras, riu ironicamente, enquanto meu amigo ficava deprimido e
mostrava uma fisionomia triste e solitária.
Passou o
recreio e bateu o sinal. Dirigimo-nos à sala de aula. Assistimos a duas aulas
de Geografia e fomos embora. Fiquei a noite inteira pensando naquilo.
No dia
seguinte, como era final de semana, decidi ligar para saber como meu amigo
estava. Ele não atendeu. Abri minha rede social e havia um texto dele publicado
em minha página. O texto dizia algo muito triste que me deixou de coração na boca.
Ele havia escrito: "Werick, Meu Amigo, obrigado por ter sido essa pessoa
que você sempre foi, amigo, companheiro e irmão. Estou indo, porque já não me
sinto bem nesse mundo. Aquilo que João me disse na escola me alertou e aceito
que sou mesmo diferente e que eu deveria ter nascido assim como você: Branco.
Estou indo embora dessa vida, porque não quero te perturbar, te fazer ser o meu
"baba ovo". Te olharei do céu!”
O texto
foi basicamente isso. Houve mais palavras, porém prefiro não citar aqui, por me
fazer lembrar e me deixar muito triste. Imediatamente liguei para a mãe dele e
ela me deu a triste notícia que ele havia se suicidado. Chorei muito naquele
final de semana. Chegou a segunda-feira e João veio falar comigo: “Ué, Werick,
cadê seu amigo?” Respondi para ele:
- O
"Picolé de Asfalto"? Ele se suicidou. Tá satisfeito?
Então ele
ficou sem graça e me disse:
- Você tá
me zuando, né?
E eu
disse:
-
Jamais! Ele se foi, foi viver uma vida digna longe daqui. Acredito que
ele deve estar olhando por nós.
Então
fiquei muito surpreso. João caiu em lágrimas e começou a orar e pedir desculpas
ao meu amigo. Porém, era tarde demais.
Depois
desse ocorrido nunca mais João Quis "Zuar" com essas brincadeiras.
Perdemos o contato e, desde então, nunca mais o vi. Eu ainda ouço nas noites
chuvosas algumas risadas do meu amigo e tenho certeza de que onde ele estiver,
está olhando por mim e me protegendo.
Werick
Arêa França
__________________________________________________________________________-
MUNDO PRECONCEITUOSO
Vivemos em um mundo preconceituoso, onde
preconceito não é praticado por um ou dois e sim por grande parte das pessoas
que não aceitam o fato de serem iguais, apesar da diferença da cor. Como exemplo
de intolerância racial, cita-se o fato ocorrido com a atriz Thaís Araújo, da Rede
Globo, que foi vítima de preconceito racial nas redes sociais.
Quando penso que parte da sociedade ainda não saiu
do século XVIII, onde o preconceito era uma coisa aceitável em toda sociedade,
onde os negros eram mesmo feitos escravos – não que eu apoie a ideia, mas
naquele tempo era considerada uma coisa, digamos, normal – me dá realmente um
grande desgosto. Porém, o que eu mais sinto pelos preconceituosos é pena.
O ato do preconceito é muito desgastante, tanto
para quem o sofre quanto para quem o pratica. As vítimas, muitas vezes, são
discriminadas sem poder fazer muita coisa para evitar a ação. Os praticantes,
pelo simples fato de julgar o outro pela cor da pele não os fará melhor, muito
pelo contrário.
Se eu fosse vítima, não me abalaria com comentários
de pessoas tão pobres de espírito. Considero as vítimas de preconceito racial,
como as de qualquer outro preconceito, muito fortes, por aguentarem tudo, embora
acredite que não se é tão forte ao ficar calada e deixar que o outro continue
agindo preconceituosamente, se é forte quando denuncia e “abre a boca”.
Isso tem jeito! Depende de cada ser. A partir do
momento que cada um perceber que ninguém tem o direito de desmerecer o próximo,
simplesmente pela classe social, pela cor ou por outro motivo qualquer,
infetando a todos com ódio e rancor, destruindo o respeito e o amor, podemos
diminuir consideravelmente o preconceito em nossa sociedade.
Yasmin de Souza Andrade
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A melhor crônica foi a do Arthur Brandão,um dos melhores textos que já li na minha vida
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirzika do bagui
ResponderExcluirTop top top
ResponderExcluira melhor cronica foi a do arthur brandao mlk zica do caralho pika so me deve uma maconha mas ta suave pique aribaba
ResponderExcluirO texto: "UM NEGRO EM MEU COTIDIANO", é impactante e nos traz uma reflexão profunda sobre amar o próximo como a nós mesmos, ou seja, o importante ensinamento de Jesus. Parabéns ao autor (Werick Arêa França) pela ótima elaboração do texto.
ResponderExcluiro texto de cotas raciais... extremamente racista.... quem deixou isso ser postado?
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